A importância da relação terapêutica
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  • Foto do escritorYasmim Viriato

A importância da relação terapêutica

Poucos aspectos da terapia são tão críticos para o seu resultado quanto o vínculo formado entre o terapeuta e o paciente. Afinal, terapia não é a mera aplicação de intervenções pelo psicólogo. A relação terapêutica precisa ser estudada e, mais ainda, cuidada. Falarei hoje sobre essa relação, suas características, sua importância e seus limites. Confira a seguir.


ao vínculo entre terapeuta e paciente

Chamamos de relação terapêutica o vínculo formado entre o terapeuta e o paciente desde o contato inicial até o final do processo terapêutico. Uma boa relação é pré-requisito para o bom andamento da terapia, pois é o palco de todas as intervenções. Dessa forma, a formação de uma boa relação terapêutica é um dos primeiros objetivos da terapia.


Daí, surge uma nova pergunta: o que é uma boa relação terapêutica? Pra responder a essa questão, listei algumas das características de um bom vínculo entre paciente e psicólogo:


• O terapeuta escuta o discurso do paciente sem demonstrar desaprovação. Caso demonstrasse, o paciente poderia deixar de falar sobre assuntos difíceis e importantes sobre sua queixa. Essa postura do terapeuta é chamada de audiência não punitiva (é diferente de uma suposta "neutralidade" do terapeuta, mas isso será abordado em um próximo post);


• É uma relação de confiança, de intimidade, empática e o mais espontânea possível;


• Respeita o Código de Ética do Psicólogo.


A qualidade da relação terapêutica é muito importante, pois indica bons resultados na terapia. Se o relacionamento entre terapeuta e cliente for desenvolvido de maneira positiva, o paciente, aos poucos, terá maior segurança para fornecer informações importantes para a análise. Tanto que, as intervenções do terapeuta serão recebidas com maior aceitação pelo paciente.


Outro ponto importante é que, quanto mais espontânea forem as interações, maior a probabilidade de que comportamentos que trazem problemas para o paciente (e que acontecem fora da terapia) possam ocorrer dentro da terapia. A princípio, pode parecer que isso seja algo negativo, mas na verdade, o psicólogo terá um material valioso para realizar as intervenções: o "comportamento-problema" ocorrendo em sua frente.


Vale lembrar que a relação terapêutica também tem seus limites. Afinal, existe uma troca, mas o psicólogo revela pouco de si, enquanto o paciente pode ser um livro aberto. Além disso, ainda que haja intimidade e possa ser confundida com uma relação de amizade, uma informação clara é de que o trabalho do psicólogo é remunerado.


Se você já faz terapia, espero que esse post sirva para que você reflita sobre a sua relação com o seu terapeuta. Para você que está considerando fazer terapia, que sirva para que você se informe sobre a relação terapêutica e leve esses aspectos em consideração desde o início do processo. Para agendar uma sessão comigo, clique aqui. Até o próximo post!

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