Resultados de busca | Yasmim Viriato - Psi
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6 itens encontrados para ""

  • O que são as emoções? E por que as sentimos?

    Quem nunca, especialmente em um momento de sofrimento, se perguntou o porquê de sentirmos? Quando o que sentimos é agradável, aceitamos as emoções sem questionar. Quando é desagradável, elas parecem ser um castigo. Confira, a seguir, o que a análise do comportamento tem a dizer sobre essa questão. O que são as emoções? De maneira resumida, podemos dizer que a emoção em si é um estado do corpo que interage diretamente com o que ocorre ao redor do indivíduo. A análise do comportamento chama de episódio emocional a interação que ocorre entre as manifestações corporais involuntárias (como sudorese, aceleração do ritmo cardíaco, alteração da frequência respiratória) e as ações de uma pessoa "no momento da emoção" (como chorar, agredir pessoas ou bater em objetos, beijar). Sobre essa discussão, a análise do comportamento é bastante clara: os sentimentos não são "fenômenos mentais" abstratos, nem a causa das ações. É importante compreender que sentimentos não causam ações, porque, quando tiramos o sentimento do lugar de causa, conseguimos nos esforçar para identificar o contexto que desencadeia todo o episódio emocional. Surge, então, uma nova pergunta: como interagem? Dizemos que em um episódio emocional, há uma alteração na predisposição da ação. Em termos mais simples, isso quer dizer que, a depender de como estamos nos sentindo, estamos mais propensos a agir de determinadas formas. Alguém que sente raiva, por exemplo, está mais propenso a agredir e xingar. Mas, afinal, por que sentimos? Sentimos, porque nos relacionamos de forma ativa com o mundo e reagimos aos diferentes contextos que nos são apresentados. Na evolução da espécie humana, as emoções básicas foram uma vantagem evolutiva à nossa sobrevivência. Afinal, reagir àquilo que a vida nos apresenta, mesmo quando o que sentimos é desagradável, tem um propósito adaptativo. Gosto de pensar nas emoções e sentimentos como um termômetro que responde a diferentes eventos da vida e aponta em que áreas existem dificuldades e quais precisam de mudanças. Ex.: Caso sinta tristeza quando interage com determinada pessoa, o que isso pode significar? Se sente ansiedade quando está no trabalho e, após o expediente, sente apenas alívio (ao invés de satisfação), o que isso significa? Se sente culpa ao contar uma mentira, o que o sentimento indica? Essa é uma discussão complexa, mas espero ter apresentado uma noção mais clara do que são as emoções e seu papel em nossas vidas. Como sempre, deixo aqui o meu contato para agendamentos. Obrigada pela leitura e até o próximo post!

  • O que é autoconhecimento?

    Muito se fala sobre autoconhecimento. A definição é autoexplicativa: é conhecer a si mesmo. No entanto, o que parece dividir opiniões é como alcançá-lo. Muitos acreditam que se alcança o autoconhecimento a partir de uma reflexão individual intensa. Outros supõe que é alcançado a partir de um tipo de viagem ao "eu interior". Meu objetivo é apresentar o que a Análise do Comportamento tem a dizer. Veja a seguir. Autoconhecimento é a habilidade de identificar e descrever o próprio comportamento. Quando bem desenvolvido, o autoconhecimento também envolve a habilidade de apontar o que acontece antes e depois (as consequências) do comportamento, fazendo relações entre o "antes", o comportamento e o "depois". Quero deixar claro que autoconhecimento não é um processo individual para conhecer as profundezas do ser, nem uma jornada ao “mundo interior”. Sei e concordo que é uma forma muito mais bonita de se descrever, mas a ciência costuma ter o papel (incômodo, diga-se de passagem) de pintar um quadro mais realista. Qual é a origem do autoconhecimento? A interação com outras pessoas. Autoconhecimento é uma habilidade que se desenvolve socialmente, quando somos estimulados a observar e descrever como agimos, o que sentimos e o porquê. Isso significa que, se vivêssemos uma vida inteira sem nenhuma interação com outras pessoas, não teríamos nenhum autoconhecimento. Também significa que uma pessoa que convive com pessoas que dão pouca importância à individualidade de cada um e falam pouco sobre as razões do comportamento (por acharem que é "frescura"), terá menos autoconhecimento do que uma que vive em um grupo que se dispõe a ter esse tipo de conversa. Por que buscar o autoconhecimento? Uma pessoa que sabe como se comporta e o porquê de suas ações e sentimentos tem melhores condições de solucionar seus problemas. A interação que acontece na terapia é um exemplo de relação que estimula a identificação e descrição do comportamento. Por isso, aqueles que desejam fazer terapia para desenvolver o autoconhecimento têm total razão. Afinal, este é um dos principais objetivos da terapia e condição para que sejam qualquer mudança na vida do indivíduo. Espero que tenha gostado do post e que eu tenha te apresentado uma visão diferente do que você já havia visto. Finalizo deixando meu contato para agendamento aqui. Até o próximo post!

  • Posso seguir meu psicólogo nas redes sociais?

    O post de hoje trata de uma questão que pode ser delicada tanto para o terapeuta quanto para o paciente: afinal, como fica a relação terapêutica nas redes sociais? Posso seguir o meu psicólogo? Entre os pacientes parece existir algum constrangimento em fazer a pergunta. Já entre os psicólogos, há um verdadeiro receio de que, ao dar uma resposta negativa, o paciente se sinta rejeitado. Vamos para a discussão: O Código de Ética da profissão não especifica com clareza sobre a relação entre terapeuta e paciente nas redes sociais. Então, dá liberdade ao psicólogo de estabelecer o próprio limite quanto à interação com o paciente nas redes sociais. De maneira geral, vejo que os psicólogos costumam prezar pela própria privacidade e, portanto, não permitem que os pacientes acessem seus perfis pessoais. No entanto, em plano 2023, muitos psicólogos têm contas profissionais nas redes sociais e, aí sim, os pacientes podem visualizar e interagir com o conteúdo postado. A curiosidade dos pacientes sobre a vida pessoal do terapeuta é absolutamente compreensível. Afinal, enquanto o paciente revela informações muito íntimas, o terapeuta revela pouco sobre si. No meu exercício da profissão, eu escolho fornecer o meu perfil profissional para os pacientes e reservo o acesso à conta pessoal para amigos e familiares. Isso porque acredito que as pessoas têm o direito à privacidade e devem ser livres para eleger por conta própria o quê e quando compartilham determinadas informações. Outro ponto a se considerar é que, quando se tem uma conta unificada (sem diferenciar entre pessoal e profissional), a informação é compartilhada com os contatos nas redes sociais indiscriminadamente, ou seja, não é diferenciado aquilo que se compartilha com amigos, família, colegas de trabalho, parceiros amorosos e - também – pacientes. Mesmo que seja possível fazer edições - ocultar os stories no Instagram, por exemplo - seria exaustivo ter de fazer uma série de edições sempre que quisesse partilhar algo. Por outro lado, o psicólogo pode seguir o paciente nas redes sociais? Eu penso que o mesmo vale para o paciente. As pessoas devem ter o direito à privacidade. Entendo que possa soar contraditório, já que o paciente revela questões extremamente íntimas em terapia. No entanto, quero que o paciente possa escolher o quê e quando me contar determinadas informações. Quero que se sinta confiante na terapia antes de fazer revelações e quero que isso ocorra da maneira mais espontânea possível. Saber de informações um sobre o outro antes de que seja revelado espontaneamente, faz com que algumas reações tenham de ser “forçadas”. É como se alguém te contasse um segredo que você já sabe. O limite colocado pelo terapeuta não significa falta de interesse sobre a vida do paciente. Muito pelo contrário, a vida pessoal do paciente é de total interesse do psicólogo, mas existe um momento e lugar apropriado para que isso se manifeste. Por fim, cabe o bom senso: as pessoas vão a festas, ingerem bebida alcoólica, tiram foto de biquíni e gostam de determinados estilos musicais. As pessoas exercem inúmeros outros papéis além da sua ocupação profissional. E aí? Você e seu terapeuta se seguem nas redes pessoais de cada um? Espero que esse post tenha elucidado algumas dúvidas sobre o tema! Por enquanto é só. Até o próximo post!

  • A importância da relação terapêutica

    Poucos aspectos da terapia são tão críticos para o seu resultado quanto o vínculo formado entre o terapeuta e o paciente. Afinal, terapia não é a mera aplicação de intervenções pelo psicólogo. A relação terapêutica precisa ser estudada e, mais ainda, cuidada. Falarei hoje sobre essa relação, suas características, sua importância e seus limites. Confira a seguir. Chamamos de relação terapêutica o vínculo formado entre o terapeuta e o paciente desde o contato inicial até o final do processo terapêutico. Uma boa relação é pré-requisito para o bom andamento da terapia, pois é o palco de todas as intervenções. Dessa forma, a formação de uma boa relação terapêutica é um dos primeiros objetivos da terapia. Daí, surge uma nova pergunta: o que é uma boa relação terapêutica? Pra responder a essa questão, listei algumas das características de um bom vínculo entre paciente e psicólogo: • O terapeuta escuta o discurso do paciente sem demonstrar desaprovação. Caso demonstrasse, o paciente poderia deixar de falar sobre assuntos difíceis e importantes sobre sua queixa. Essa postura do terapeuta é chamada de audiência não punitiva (é diferente de uma suposta "neutralidade" do terapeuta, mas isso será abordado em um próximo post); • É uma relação de confiança, de intimidade, empática e o mais espontânea possível; • Respeita o Código de Ética do Psicólogo. A qualidade da relação terapêutica é muito importante, pois indica bons resultados na terapia. Se o relacionamento entre terapeuta e cliente for desenvolvido de maneira positiva, o paciente, aos poucos, terá maior segurança para fornecer informações importantes para a análise. Tanto que, as intervenções do terapeuta serão recebidas com maior aceitação pelo paciente. Outro ponto importante é que, quanto mais espontânea forem as interações, maior a probabilidade de que comportamentos que trazem problemas para o paciente (e que acontecem fora da terapia) possam ocorrer dentro da terapia. A princípio, pode parecer que isso seja algo negativo, mas na verdade, o psicólogo terá um material valioso para realizar as intervenções: o "comportamento-problema" ocorrendo em sua frente. Vale lembrar que a relação terapêutica também tem seus limites. Afinal, existe uma troca, mas o psicólogo revela pouco de si, enquanto o paciente pode ser um livro aberto. Além disso, ainda que haja intimidade e possa ser confundida com uma relação de amizade, uma informação clara é de que o trabalho do psicólogo é remunerado. Se você já faz terapia, espero que esse post sirva para que você reflita sobre a sua relação com o seu terapeuta. Para você que está considerando fazer terapia, que sirva para que você se informe sobre a relação terapêutica e leve esses aspectos em consideração desde o início do processo. Para agendar uma sessão comigo, clique aqui. Até o próximo post!

  • Como escolher um psicólogo?

    Se você está a procura de um psicólogo e não sabe nem por onde começar a procurar, esse post pode te ajudar. Reuni algumas informações que teriam me ajudado anos atrás, quando estava querendo fazer terapia, mas não sabia como encontrar um psicólogo confiável e que eu me identificasse. É claro que sempre pode acontecer de não encontrar o profissional adequado para o seu caso logo de primeira, mas quero facilitar para você. Afinal, que está sofrendo tem pressa. Então, como escolher um psicólogo? Para ser mais objetiva, listei cinco pontos a se considerar na hora de procurar um psicólogo. Confira a seguir: 1. O Registro Profissional: Não tem discussão. Para exercer a profissão, o psicólogo precisa estar inscrito no Conselho Regional de Psicologia. O registro pode ser consultado por qualquer pessoa no Cadastro Nacional de Psicólogos. Se você não encontrou o registro, essas razões podem explicar: (1) o profissional não é cadastrado; (2) é cadastrado, mas está com registro inativo; ou (3) não é psicólogo. Em nenhum desses casos, ele poderia exercer o papel de psicoterapeuta. Por isso, fique atento. 2. A abordagem: tem a ver com as premissas filosóficas e a teoria usada para analisar e intervir em fenômenos psicológicos. Se você não é psicólogo, você não tem a menor obrigação de saber sobre isso. Nesse caso, a melhor saída é sempre perguntar. Alguns pacientes parecem se identificar com determinadas abordagens e existem abordagens mais indicadas para alguns casos. Para se ter uma ideia do que é abordagem, algumas delas são a Análise do Comportamento, a Psicologia Analítica, a Terapia Cognitivo-comportamental e a Psicanálise. 3. A sua demanda: a demanda é a questão principal que te causa sofrimento. De fato, é importante que os psicólogos saibam atender queixas variadas. Porém, algumas demandas exigem maior preparo e outras podem esbarrar em gatilhos emocionais do terapeuta. Reconhecer as próprias limitações profissionais é uma questão ética do exercício do psicólogo. Pergunte se o psicólogo atende a sua queixa. 4. As indicações: Este item não é estritamente necessário, mas uma boa indicação é sempre bem-vinda. Seja por recomendação de algum conhecido que tenha passado com aquele profissional, de outro psicólogo ou de profissionais de outras áreas. 5. A identificação com o profissional: aplique com cuidado para não justificar qualquer tipo de discriminação. Acontece que falar sobre temas sensíveis é difícil por si só. Ajuda se houver algum tipo de identificação com o psicólogo. Considerando esses pontos, eu espero ter tornado a sua decisão mais fácil. Se existirem dúvidas ou se você quiser agendar uma sessão comigo, clique aqui. Até o próximo post!

  • O que dizer na primeira sessão de terapia?

    Primeiro, quero esclarecer que não existe certo ou errado sobre o que deve ser dito na primeira sessão de terapia. Afinal de contas, quanto mais espontânea a relação terapêutica, melhor o andamento do processo como um todo. Meu objetivo com esse post é "acalmar os nervos" (por assim dizer) daqueles que ficam aflitos com esse primeiro contato. Espero que saber o que esperar desse momento sirva como um incentivo para que você marque sua primeira sessão (agende aqui). Agora, vou responder a pergunta do post: afinal, o que dizer na primeira sessão de terapia? 1. Informações gerais: algumas informações já podem ter sido comunicadas ao terapeuta no primeiro contato digital. Mesmo assim, tenha em vista que informações gerais importantes são: nome, idade, profissão, se está empregado (ou se estuda), se tem um parceiro(a) amoroso(a), se segue alguma religião e onde mora (principalmente se a terapia for à distância). 2. Sua queixa: sua queixa é o que te fez buscar terapia. É perfeitamente comum ter mais de uma queixa, inclusive. Descreva quando e como o problema começou, além do impacto do problema em sua vida. Pergunte a si mesmo(a): o problema te impede de viver a vida como gostaria? Consome tempo significativo na sua rotina ou te impede de realizar outras atividades? Se sim, em quais aspectos da sua vida o problema impacta (ex.: relacionamento, trabalho, sono)? Como? 3. Tentativas de lidar com a queixa: pense em como você lidou com o problema até então e relate ao terapeuta. O que você tentou fazer para lidar com o problema antes de buscar terapia? Avalie se suas tentativas foram bem-sucedidas em reduzir o sofrimento em alguma medida. Essas tentativas surtiram algum efeito? 4. Se já fez terapia antes: esse tópico reúne algumas informações extremamente valiosas para o terapeuta. Além de revelar se já fez psicoterapia, outras informações são: (1) a queixa era a mesma de agora? Se não, qual era a queixa?; (2) quanto tempo durou a terapia?; (3) por que a encerrou?; (4) qual era a abordagem do psicólogo? (se souber); e (5) a terapia teve resultado? Qual? 5. O que espera da terapia: descreva os resultados que espera da terapia. Tendo em vista, especialmente, o impacto da queixa em sua vida, descreva as mudanças que você gostaria que ocorressem. 6. Se faz tratamento psiquiátrico: informe se toma alguma medicação, a dosagem administrada, há quanto tempo faz o tratamento e como tem sido a experiência. É isso! Espero ter ajudado. Fique à vontade para entrar em contato amigo para tirar qualquer dúvida. Até o próximo post!

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